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80 anos de IBGE e o risco de apagão estatístico são tema de artigo

O Brasil seria mais desigual, faminto, pobre, desmatado e menos desenvolvido do que é hoje se não fossem as Estatísticas Públicas e estudos geocientíficos produzidos pelo IBGE. Se não houvesse censos demográficos, realizados de forma regular há 80 anos, se não tivessem sido criadas, há 50 anos, a PNAD e, há quase 20 anos, a Munic, os avanços sociais observados no país certamente seriam menores. E tudo isso corre perigo.

É a partir disso que o artigo “IBGE: mais de 80 anos contribuindo para o desenvolvimento econômico e para políticas públicas no Brasil” sistematiza subsídios para promoção de um debate mais amplo e plural sobre os riscos de um apagão estatístico no país. A ameaça está na descontinuidade de séries históricas de longa data e na interferência política na agenda técnica de trabalho, planejamento e conteúdo temático de pesquisas.

Nenhum Estado, por menor que seja sua ambição civilizatória, pode prescindir das estatísticas, das informações sobre o “estado do Estado”. O pacto progressista e amplo vocalizado pela Constituição Federal de 1988 requer instituições públicas com competência técnica, recursos orçamentários e independência político-institucional à altura dos desafios a enfrentar.

Leia o artigo publicado pelo Sindicato Nacional dos Trabalhadores em Fundações Públicas Federais de Geografia e Estatística (ASSIBGE-SN) na coletânea organizada por AFIPEA e ARCA.


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