EPPGGs ressaltam a importância do uso de máscaras diante de parecer da PGR
Em reportagem publicada no jornal O Tempo, nesta quinta (19), os EPPGGs Claudio Maierovitch e Rogério da Veiga foram ouvidos sobre parecer emitido pela Procuradoria-Geral da República (PGR), que questiona a eficácia do uso das máscaras na prevenção à covid-19.
O parecer assinado pela subprocuradora-geral da República, Lindôra Araújo, veio à tona na terça (17). No documento, ela afirma que “os estudos que existem em torno da eficácia da máscara de proteção são somente observacionais e epidemiológicos” e que o grau de proteção das máscaras é “indefinido”. O texto foi produzido para justificar o porquê de ela não considerar um crime o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) não utilizar o item de segurança e promover aglomerações.
Os especialistas concordam que não há dúvidas sobre a eficácia do uso de máscaras contra a Covid-19. Pelo contrário, cientistas recomendam que, em meio à disseminação da variante delta pelo Brasil, a utilização correta de máscaras de qualidade se torna ainda mais importante e cobram ações do poder público para garantir o acesso a esses itens de segurança.
“As máscaras acrescentam proteção sem induzir nenhum tipo de risco. Já existem informações o suficiente demonstrando que elas funcionam e conhecimento abundante de que não causam problemas, além de serem um método de proteção barato e acessível. Com a variante delta circulando no Brasil, quanto melhores forem nossas medidas de proteção, mais chances teremos de não termos a vida ainda mais complicada por outras novas variantes. O uso de máscara vem em primeiro lugar, seguido pela melhor qualidade delas”, diz o médico sanitarista e ex-diretor da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), Claudio Maierovitch.
A Organização Mundial da Saúde (OMS), o Centro de Controle e Prevenção de Doenças (CDC) dos EUA e a Anvisa, por exemplo, reforçam que elas são necessárias e protegem. “Não existe controvérsia nenhuma sobre o uso das máscaras. Elas reduzem a transmissão do vírus e qualquer política ou agente público que vá no sentido oposto disso está agindo contra evidências”, completa o vice-presidente da Associação Nacional dos Especialistas em Políticas Públicas e Gestão Governamental (Anesp), Rogério da Veiga.