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Educação integral e seus resultados sociais são abordados em artigo de EPPGG no Estadão

Em artigo publicado no Blog Gestão, Política & Sociedade, do Estadão, a EPPGG Aline Zero, que também é PhD em educação pela University of California, debate a agenda da educação integral e seus resultados sociais. Isso ocorre na mesma semana em que a lei que institui o Programa Escola em Tempo Integral foi sancionada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

Educadores, especialistas e gestores públicos têm considerado a educação integral como uma das principais apostas para que o país avance na melhoria da qualidade da educação básica, visando ao aprimoramento dos resultados acadêmicos e sociais da educação. No entanto, o debate guarda diferenças de visão quando se trata dos resultados de performance acadêmica ou quando se busca aferir os resultados sociais da educação. E quando se consideram os dois temas juntos, a questão fica ainda mais curiosa: afinal, o que se quer dizer com educação integral e quais seriam os resultados sociais associados a esta perspectiva educacional?

Para tentar dialogar com essas questões, a autora reconhece a trajetória de mais de um século na agenda educacional e agrega elementos de como deveria ser uma educação verdadeiramente integral. Para ela, deveria ser uma educação preocupada com relações mais humanizadas entre estudantes e educadores, que conecte os conteúdos e as experiências educacionais na escola com a vida da pessoa, que pressupõe o exercício da democracia na prática na escola - e não apenas ouçam falar dela -, fomente a sua autonomia e o seu protagonismo em seus processos de aprendizagem, e valorize os potenciais educativos do território e as características culturais e participação da comunidade local.

Em pesquisa recente que desenvolvida pela EPPGG Aline Zero, por meio do estudo qualitativo aprofundado de casos de escolas brasileiras internacionalmente reconhecidas como inovadoras, democráticas e voltadas à formação plena dos sujeitos, foi possível identificar que a melhoria dos resultados de aprendizagem acadêmica nas experiências analisadas estava diretamente relacionada com a abordagem de educação integral adotada pelas escolas investigadas. Nas experiências analisadas, os índices de violência dentro e fora da escola caíram significativamente, alcançando inclusive uma comunidade inteira ao redor de uma das escolas, dada a potencialidade da ampliação de coesão social relacionada à disseminação de valores construídos de forma muito próxima entre a escola, as famílias e os principais representantes da comunidade local.

A autora conclui afirmando que a implementação da expansão da jornada escolar na perspectiva da educação integral não se trata de tarefa simples ou sem custos financeiros, mas trata-se de caminho necessário para que consigamos efetivamente melhorar a qualidade da escola básica pública brasileira, bem como seus resultados acadêmicos e sociais.

Leia o artigo na íntegra.


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