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Artigo de EPPGG discute transição energética

Em artigo publicado na edição 76 da revista Radar - Tecnologia, Produção e Comércio Exterior, do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), o EPPGG Rafael Leão aborda o tema da transição energética, discutindo a evolução brasileira no comércio internacional dos chamados “minerais críticos para a transição energética”. Trata-se de uma série de substâncias que podem servir de alternativa aos combustíveis fósseis; no caso específico do estudo, o foco é na situação brasileira diante do comércio global de cobre, cobalto, cromo, níquel, lítio, zinco, alumínio, manganês, molibdênio, terras raras, elementos platinoides, silício e grafite. O texto é escrito em coautoria com Mariano de Oliveira, Danúbia da Cunha e André Nunes.

Segundo os autores, a urgência da transição energética gerou grande expansão na produção e no comércio global de minerais críticos: “No segmento extrativo mineral, o comércio internacional cresceu quase 12,8x em vinte anos. Dois fenômenos são marcantes nesse contexto: i) os minérios de cobre seguem como líderes isolados em importância econômica, representando mais de 57% de toda a comercialização observada no período; e ii) a China tornou-se o principal destino das exportações globais, absorvendo 41,8% de toda a comercialização do período e 57,1% em 2022”.

O Brasil atuou de forma competitiva em todo o período analisado, notadamente de 2004 a 2015, basicamente por conta do cobre, alcançando 3,7% de market share. Dali até 2022, o ímpeto exportador brasileiro ficou abaixo da média global, provocando queda para 2,5% (ainda que o valor das exportações tenha mantido trajetória de crescimento). “Aumentos na produção de cobre aliados às novas operações de lítio no Vale do Jequitinhonha, em Minas Gerais, e à recuperação de antigas operações de níquel em Goiás podem dar novo fôlego ao país, permitindo recuperar a trajetória de ganhos de market share nas exportações globais”.

Outro aspecto mercadológico importante para entender a inserção do Brasil no mercado dos minerais críticos para a transição energética é o destino de suas exportações. Contrariando a tendência global, a União Europeia é o principal destino das exportações brasileiras. O cobre, novamente, é a explicação, com 71,4% de todas as exportações dirigidas à União Europeia.

Por fim, o estudo sugere que o estabelecimento de novas fontes de financiamento e políticas públicas para ampliar a pesquisa geológica no país e atrair investimentos são pré-requisitos fundamentais para fomentar um longo ciclo de expansão da produção e das exportações desses minérios.

Leia a íntegra.


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