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Artigo de EPPGG aborda a transição para o trabalho remoto, acelerada pela pandemia

Ainda que tenha sido uma mudança abrupta, imposta de forma acelerada no início da pandemia devido à necessidade de distanciamento social, o teletrabalho parece ter vindo para ficar. Como, então, lidar com essa transição? Essa é a questão levantada pelo EPPGG Marcelo Estevão em artigo na revista Gestão RH.

Para o autor, há um pêndulo nessa discussão que oscila entre uma cultura de controle burocrático - apegada ao trabalho presencial - e uma de gestão por resultados - adaptada ao trabalho remoto.

No setor público, a institucionalização do teletrabalho ocorreu há mais de um ano, contudo apenas uma pequena fração das unidades potencialmente aderentes ao PGD (Programa de Gestão e Desempenho) adotou de fato a prática. Ainda assim, observa Estevão, o governo parece decidido a avançar com o programa, dados os bons resultados obtidos com a redução de custeio.

O autor faz ressalvas, lembrando que até agora apenas uma parcela menor de trabalhadoras/es brasileiras/os foram atingidas/os pelas mudanças: “Dos 11% dos trabalhadores postos em trabalho remoto, há uma predominância de mulheres, de brancos, de pessoas com maior escolaridade e de melhor remuneração, que exercem atividades intelectuais e em escritórios, em especial na região Sudeste, particularmente em São Paulo”, afirma, citando estudos do Ipea (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada).

O artigo “Teletrabalho e Gestão: Procedimentos ou Resultados?” está na edição de número 155 da Gestão RH e pode ser acessado neste link, a partir da página 90. O EPPGG Marcelo Estevão é pesquisador do Ceag/UnB (Centro de Altos Estudos de Governo e Administração) e autor do livro “A construção da América do Sul: o Brasil e a Unasul”.


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