Parte importante da história do Brasil na antiga capital federal, a Alfândega do Rio de Janeiro foi o foco de um projeto especial coordenado pela Especialista em Políticas Públicas e Gestão Governamental (EPPGG) da 1ª Turma Leila Maria Corrêa Capella, lotada na Superintendência Regional da Receita Federal do Brasil na 7ª Região Fiscal (RJ). Realizado ao longo de quatro anos, o trabalho “70 Anos da Alfândega do Rio de Janeiro” resultou no lançamento, no último mês de novembro, do livro "Alfândega do Rio de Janeiro: administração, comércio e cidade” e na inauguração da exposição fotográfica "Alfândega do Rio de Janeiro: uma pedra fundamental", que se complementam.

O livro foi organizado por Leila Capella, que também é autora juntamente com Auditores Fiscais da Receita Federal do Rio de Janeiro, onde a trajetória da Alfândega é apresentada em contraste com a história da Cidade e do próprio País. Sobre a publicação, Leila Capella concedeu entrevista à TV Receita  "Foi um livro escrito por colegas da Receita Federal pontuando fatos importantes da trajetória dos 70 anos da Alfândega. Entrevistamos o Ministro Delfim Neto, fizemos várias pesquisas em arquivos, bibliotecas...”, relembra.

Já a exposição fotográfica “Alfândega do Rio de Janeiro: uma pedra fundamental” aborda a trajetória da aduana carioca com foco na construção da atual sede e no posto fiscal situado na baía de Guanabara, hoje desaparecido. Instalada na Galeria Central da Alfândega, a exposição pode ser visitada de segunda a sexta-feira, até 30 de março de 2018.

Para o evento de lançamento do livro e de inauguração da exposição, foram convidadas diversas instituições, em especial aquelas que atuam na região portuária, e ainda organizações culturais. O evento teve início com a mesa redonda “Aduana e comércio exterior em tempos de globalização”, na qual se abordou, sob diferentes ângulos, os desafios que se colocam para o comércio exterior e a Aduana brasileira. A ocasião contou com as presenças do Prof. Dr. Carlos Gabriel Guimarães, do Embaixador Luiz Felipe de Seixas Corrêa e do subsecretário da RFB Ronaldo Lázaro Medina.

Leila Capella

Graduada em História pela Universidade Federal Fluminense (1976), Mestre em História pela Universidade Federal Fluminense (1986). Professora de História das Redes Municipal e Estadual de Ensino do Rio de Janeiro; Chefe das áreas de Pesquisa e Programação Cultural do Arquivo Geral da Cidade do Rio de Janeiro; EPPGG desde 1990, atuou na Escola de Administração Fazendária/MF, na Delegacia Regional do Ministério do Trabalho no Rio de Janeiro e na Superintendência Regional da Receita Federal do Brasil – 7ª Região Fiscal, onde atuou nas áreas de capacitação & desenvolvimento, planejamento e em projetos especiais, como o projeto “70 Anos da Alfândega do Rio de Janeiro” iniciado em 2013.

Sobre a Alfândega

A Alfândega do Rio de Janeiro remonta ao período colonial, tendo ocupado um pequeno espaço até que D. Pedro I transformou a Praça do Comércio, atual Casa França-Brasil, na Casa da Alfândega, em 1824. Situada junto ao porto e no Centro Histórico da Cidade, a Alfândega funcionou a contento até que a reforma urbana do início do Século XX transferiu as instalações portuárias para um outro local. Daí em diante, tornou-se premente aproximar porto e Alfândega, o que só foi realizado por Getúlio Vargas, em 1944.