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Em foco na revista

A eficiência tem sido um dos principais pontos de discussão entre os atores do setor público. Entretanto, não são todos que conseguem transmitir e compreender com facilidade o conhecimento gerado sobre os diferentes pontos englobados nessa área. Falar da forma correta com o público certo é essencial para promover melhorias na Administração. Assim entenderam os gestores Patricia Audi, Igor Arsky, Alex Machado, Ludmila Ribeiro e Lamartine Braga ao escreverem artigos para as duas novas edições da revista Res Pvblica, publicada ontem (6) pela ANESP.

No volume 8.1 da revista, Audi mostra aos gestores e demais especialistas a latente necessidade de se adotar um modelo de gestão focado na eficiência, qualidade e no desenvolvimento sustentável. “O texto é uma provocação”, garante a EPPGG.

Para atentar os leitores, Audi fala sobre a Agenda Nacional de Gestão Pública - documento feito pela Secretaria de Assuntos Estratégicos da Presidência da República (SAE), com o apoio do Movimento Brasil Competitivo (MBC) -, que aborda o tema não se atendo a ideologias e pré-conceitos. “É uma pauta aberta, inacabada, em construção e aprofundamento. Propõe refinar diagnósticos”, descreve a gestora.

Já Igor Arsky preferiu abordar outra temática. Em seu artigo, o gestor explora uma categoria de servidores da Espanha chamados de “funcionários da administração local com habilitação nacional”. Esses profissionais exercem funções no Executivo municipal, mas estão aptos a praticá-las também no federal.

Arsky defende que este tema “precisa entrar na agenda nacional”, pois são notórias as deficiências encontradas nas administrações municipais. Para concertar esses defeitos, garante o EPPGG, muito da experiência espanhola poderia ser absorvida pelo Brasil. Entretanto, dois pontos são principais: o papel da Escola de Administração Pública da Espanha no treinamento dos gestores municipais e o processo seletivo em nível nacional, que traz uma maior competitividade no recrutamento desses profissionais.

Ainda na temática da articulação, Alex Machado oferece em seu texto uma visão mais prática sobre o relacionamento cotidiano entre os poderes Executivo e Legislativo. Para tanto, o gestor explora o convívio entre membros desses dois poderes no que diz respeito à alocação de recursos, processos decisórios, votação de projetos de lei e proposições de emendas no âmbito do Orçamento da União. “É uma forma de poder mostrar o funcionamento da máquina na prática, de uma forma expressa”, garante.

Questões institucionais
Se o volume 8.1 focou a área de articulação, o mesmo não ocorreu no 8.2. A proposta deste foi tratar a institucionalidade sobre perspectivas diferenciadas.

Foi o que fez a gestora Ludmila Ribeiro. Em seu texto, a EPPGG fala de uma temática sensível: as falhas em sistemas tecnológicos complexos, como em controles de tráfego aéreo e usinas nucleares. “Muitas pessoas esperam que essas organizações nunca cometam erros, mas se alguém prometer que esses sistemas nunca falharão, estará prometendo o impossível”, comenta.

Inspirada no acidente com o foguete brasileiro VLS-1, em 2003, Ribeiro (que trabalha na Agência Espacial Brasileira) analisa a literatura existente sobre as falhas e formas de evitá-las em sistemas nos quais os erros podem virar catástrofes.

Já Lamartine Braga prefere abordar o uso da Tecnologia da Informação na Administração Pública. Em seu artigo, o gestor explica a necessidade de reinvenção de processos e serviços públicos para gerar melhorias práticas para a sociedade. Para Braga, apesar dos benefícios, é preciso ter cuidado com a ferramenta eletrônica - “Ao mesmo tempo em que a disseminação de seu uso como novo canal de relacionamento proporciona a ampliação das possibilidades de interação, também emergem problemas relacionados à vulnerabilidade da informação eletrônica.” A saída, segundo o gestor, é o uso da certificação digital – tecnologia de segurança que garante confidencialidade às informações trocadas na internet.

Fonte
Assessoria de Comunicação ANESP