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ANESP apoia estruturação da carreira de gestor do DF

Com base na experiência dos EPPGGs federais, Associação atuará como espécie de conselheira na definição de atribuições dos gestores no governo local. Meta é fazer com que Especialistas em Políticas Públicas e Gestão Governamental distritais tenham perfil semelhante ao dos federais

A ANESP concordou em apoiar institucionalmente a carreira de Especialista em Políticas Públicas e Gestão Governamental do Distrito Federal na busca por uma espaço mais bem definido no governo do DF. O posicionamento foi definido na última terça-feira (01), durante reunião entre a Diretoria da Associação e integrantes da carreira distrital.

A ANESP atuará no processo como uma espécie de conselheira em relação à produção dos marcos legais que definirão as atribuições da carreira no DF. “Não podemos ultrapassar certos limites, mas achamos importante essa aproximação com as carreiras estaduais e vemos a necessidade de fortalecer a gestão governamental nos estados”, comentou o presidente da instituição, Roberto Pojo.

Já o presidente da Associação dos EPPGGs do DF, Kennedy Amorim, destacou a evolução dos gestores federais nos últimos 21 anos. Para ele, o patamar em que a carreira se encontra hoje deve servir como um Norte para o caminho dos gestores distritais. “Vemos a carreira federal como um modelo a ser seguido”, afirmou.

Para ajudar os passos iniciais, o presidente da ANESP aconselhou os distritais a levantar dados sobre a qualificação e perfil profissional dos gestores. Em breve, a Diretoria da Associação também deverá ser convidada a palestrar, para atores do alto escalão dos poderes Executivo e Legislativo do DF, sobre a atuação e importância dos EPPGGs no governo federal.

Separação
Uma das principais preocupações dos gestores distritais está em se desvincular dos demais cargos criados com a transformação da carreira deAdministração Pública na de Políticas Públicas e Gestão Governamental. Além do EPPGG, ocupado inteiramente por servidores de nível superior, também foram criados os cargos de Analista e Técnico em PPGG, que possuem profissionais de nível médio.

Além da diferença na qualificação, há ainda uma falta de definição sobre as atribuições de cada cargo. A Lei atual apenas diz que os EPPGGs são responsáveis por atividades "estratégico-executivas", enquanto os APPGG e os TPPGG, "executiva-operacionais" e "operacionais", respectivamente. Entretanto, segundo os participantes da reunião, é comum encontrar no GDF Técnicos e Analistas ocupando cargos de gerência, enquanto Especialistas estão em funções menos estratégicas.

Essa situação acaba gerando sobreposição de atribuições também com outras carreiras ligadas à gestão, como os Analistas de Planejamento e Orçamento do GDF. Há um choque de interpretações sobre quem deve fazer o que nas fases de planejamento e implementação de políticas públicas, o que afeta diretamente a eficiência governamental.

Tudo isso vai de encontro à bandeira levantada pela coligação vencedora das últimas eleições no DF. Após os escândalos políticos no governo Arruda, o governador eleito Agnelo Queiroz, prometeu pautar a ocupação de cargos estratégicos no GDF pela capacidade técnica do servidor.

“O governador se comprometeu a aplicar um choque de gestão e, pela visão abrangente que os gestores possuem, somos uma carreira que pode ajudá-lo nesse processo. Mas antes de tudo é preciso saber utilizar essa força de trabalho altamente qualificada”, comentou Amorim.

Fonte
Assessoria de Comunicação ANESP